O movimento para proibir o uso de celulares em escolas está crescendo em muitos países e estados devido a preocupações com os dispositivos eletrônicos. Na última terça-feira (12/12/2024), os deputados de São Paulo aprovaram a proibição do uso de celulares por crianças e adolescentes nas escolas do estado. Além disso, um projeto de lei que […]
O movimento para proibir o uso de celulares em escolas está crescendo em muitos países e estados devido a preocupações com os dispositivos eletrônicos.

Na última terça-feira (12/12/2024), os deputados de São Paulo aprovaram a proibição do uso de celulares por crianças e adolescentes nas escolas do estado. Além disso, um projeto de lei que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis em salas de aula também recebeu parecer favorável da Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados, em votação realizada em outubro.
Diversos países já proibiram o uso de celular por criança, especialmente no ambiente escolar. A seguir, apresentamos uma lista em ordem cronológica das nações que adotaram tais medidas:
França (2018): Pioneira na iniciativa, a França proibiu o uso de smartphones em escolas para alunos com menos de 15 anos. A medida se aplica inclusive durante o recreio, com exceção para alunos com deficiência que necessitem do aparelho.
Espanha (Janeiro de 2024): Os smartphones foram completamente proibidos nas escolas primárias. No ensino médio, podem ser utilizados apenas para atividades pedagógicas, sob supervisão dos professores.
Holanda (Julho de 2024): Anunciou a proibição de celulares em sala de aula, com algumas exceções, visando melhorar a concentração e o desempenho dos alunos.
Finlândia (2024): Implementou restrições ao uso de celulares nas escolas, permitindo que os alunos levem os aparelhos, mas exigindo que permaneçam guardados durante as aulas.
Itália (2024): Adotou medidas semelhantes, restringindo o uso de celulares em sala de aula para evitar distrações e promover um ambiente de aprendizado mais eficaz.
Suíça (2024): Baniu os aparelhos da rotina de estudantes no ambiente educacional, argumentando que os dispositivos afetam a interação pessoal entre os alunos.
México (2024): Anunciou a proibição do uso de celulares em sala de aula, seguindo a tendência de outros países em busca de melhorar o foco dos estudantes.
Austrália (2024): Aprovou uma lei que proíbe de forma integral o uso de smartphones por menores de 16 anos, visando combater a dependência digital entre os jovens.
Portugal (2024): Em algumas regiões, o uso de smartphones em escolas foi banido total ou parcialmente, como parte de um esforço para melhorar o ambiente educacional.
Grécia (2024): Implementou a proibição do uso de celulares nas escolas, permitindo que os alunos levem os aparelhos, mas exigindo que permaneçam guardados durante as aulas.
Dinamarca (2024): Adotou medidas para restringir o uso de celulares em sala de aula, visando aumentar a concentração dos alunos.
Estados Unidos (2024): Em algumas regiões, o uso de smartphones em escolas foi banido total ou parcialmente, refletindo uma preocupação crescente com a distração causada pelos dispositivos.
Escócia (2024): Implementou restrições ao uso de celulares nas escolas, seguindo a tendência de outros países europeus.
Canadá (2024): Em algumas regiões, adotou políticas que restringem o uso de smartphones em ambientes escolares, visando melhorar o foco e a interação entre os alunos.
É importante notar que, conforme a UNESCO, cerca de 25% dos países do mundo já possuem leis que proíbem o uso de celulares nas escolas, refletindo uma preocupação global com os impactos desses dispositivos no ambiente educacional.
Quais as principais rações por trás deste movimento?
O movimento para proibir ou restringir o uso de celulares em escolas está crescendo em muitos países e estados devido a preocupações com os impactos negativos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos no ambiente escolar. Entre os motivos mais citados estão:
Impacto no aprendizado:
Pesquisas mostram que o uso de celulares em sala de aula distrai os alunos, reduz a capacidade de concentração e prejudica o desempenho acadêmico. Um estudo da London School of Economics, por exemplo, revelou que escolas que proíbem o uso de celulares apresentam melhores resultados nos exames.
Saúde mental e socialização:
O uso excessivo de dispositivos tem sido associado a problemas de saúde mental, como ansiedade, insônia e isolamento social, além de afetar as interações interpessoais entre os alunos.
Aumento do cyberbullying:
O acesso irrestrito a celulares facilita a prática de cyberbullying entre os alunos, criando um ambiente menos seguro e confortável.
Redução da desigualdade:
Proibir o uso de celulares em escolas reduz a diferença entre alunos que possuem dispositivos de última geração e aqueles que não têm acesso à tecnologia, promovendo maior equidade no ambiente escolar.
Pressão dos pais e educadores:
Muitos pais e professores têm se manifestado contra o uso irrestrito de celulares, destacando que a tecnologia pode atrapalhar o ensino e aumentar os desafios para o controle da disciplina em sala de aula.
Quem está liderando esse movimento?
O movimento é impulsionado por uma combinação de legisladores, educadores, organizações e especialistas em saúde pública. Alguns dos nomes e entidades que têm se destacado incluem:
Legisladores locais e nacionais:
No Brasil, deputados estaduais e federais têm apresentado projetos de lei para regular o uso de celulares em escolas.
Em São Paulo, a medida foi liderada por deputados estaduais como Carlos Giannazi (PSOL) e Valéria Bolsonaro (PL), que apresentaram projetos focados na restrição de dispositivos.
Nacionalmente, iniciativas semelhantes estão sendo debatidas no Congresso.
Especialistas em educação e saúde:
Marcelo Tokarski, CEO da Nexus Pesquisa, destaca que a ampla aprovação de medidas restritivas reflete a preocupação da sociedade com os impactos da tecnologia no aprendizado.
Jean Twenge, psicóloga e autora de “iGen”, alerta para o aumento de problemas de saúde mental em jovens relacionado ao uso de smartphones.
Organizações internacionais:
A UNESCO tem defendido a restrição ao uso de celulares em ambientes educacionais como forma de melhorar a concentração e o desempenho dos alunos.
Ministério da Educação e Governos Locais:
Na França, a proibição foi uma promessa de campanha do presidente Emmanuel Macron, implementada em 2018.
Nos Estados Unidos e na Austrália, governos estaduais e distritos escolares estão adotando políticas semelhantes.
O movimento pela restrição do uso de celulares em escolas reflete um esforço coletivo para equilibrar os benefícios da tecnologia com os impactos negativos em crianças e adolescentes. Políticos, educadores e especialistas têm liderado esse debate, buscando criar um ambiente mais propício ao aprendizado e ao desenvolvimento saudável.
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