Este é um convite para voltar no tempo, revisitar essas brincadeiras que marcaram as décadas e nos conectaram em uma época onde o que realmente importava era aproveitar cada momento, com as mãos sujas de terra e a alma leve de felicidade. Ah, o tempo em que as ruas eram nosso playground e a única […]


Este é um convite para voltar no tempo, revisitar essas brincadeiras que marcaram as décadas e nos conectaram em uma época onde o que realmente importava era aproveitar cada momento, com as mãos sujas de terra e a alma leve de felicidade.

Criança com olhos vendados brincando de cabra-cega
Criança com olhos vendados brincando de cabra-cega. Créditos: modobrincar.rihappy.com.br

Ah, o tempo em que as ruas eram nosso playground e a única regra era se divertir até o anoitecer! Não havia telas para distrair, nem pressa para voltar para casa. A diversão nascia de ideias simples e muita criatividade. Quem nunca correu descalço no asfalto quente jogando pega-pega? Ou ouviu o coração disparar enquanto se escondia no esconde-esconde, torcendo para não ser descoberto?

Qual geração teve as melhores brincadeiras?

Cada geração teve suas brincadeiras favoritas, aquelas que enchiam os fins de tarde de risadas e davam um gostinho de liberdade. Carrinhos de rolimã, amarelinha, pular corda, ou mesmo um simples jogo de bolinha de gude… Tudo era pretexto para estar junto, dividir histórias e construir memórias que arrancam até hoje sorrisos ao serem lembradas.

As melhores brincadeiras de cada geração

Anos 1970

Pega-pega

Uma criança corre atrás das outras tentando tocá-las. Quem for pego, vira o pegador da próxima rodada. Era comum surgirem variações regionais, como “Pega-congelante” (onde o pegador “congela” quem tocar, e outra pessoa deve “descongelá-lo”). Brincadeira ideal para gastar energia em praças ou ruas tranquilas.

Esconde-esconde

Uma criança conta até um número combinado enquanto os demais se escondem. O objetivo é encontrar todos antes que alguém consiga chegar ao local onde se contou e gritar “Salva todos!”. Simples e muito amado, era uma maneira de exercitar criatividade e estratégia.

Passa-anel

As crianças sentam em círculo, com as mãos fechadas e juntas, enquanto uma pessoa, o “passador”, finge passar um anel de mão em mão. O desafio é adivinhar quem realmente ficou com o anel. Um clássico das tardes calmas, ideal para momentos de interação mais tranquila.

Balança-caixão

Uma criança deita no chão, enquanto duas outras seguram suas mãos e pés, “balançando” de leve e cantando uma música sobre o caixão. Apesar de parecer sombria, a brincadeira sempre terminava em risadas, quando o “caixão” era “derrubado”.

Cobra-cega

Uma criança de olhos vendados tenta pegar os outros participantes, guiada apenas pelo som. É uma brincadeira que exige atenção, agilidade e que costuma provocar muitas risadas!

Anos 1980:

Pular corda

Uma ou duas crianças giram a corda enquanto os outros pulam ao ritmo de cantigas. Algumas músicas desafiavam o jogador a cumprir movimentos específicos, como bater palmas ou girar. Era uma brincadeira inclusiva, adaptada tanto para grandes grupos quanto para uma única criança.

Amarelinha

Com um desenho de quadrados numerados no chão, feito de giz ou pedaços de tijolo, as crianças jogavam uma pedra para marcar a casa e pulavam com um pé só até o final, sem pisar na casa da pedra. Exercitava o equilíbrio e o foco.

Bolinha de gude

Feita geralmente em terrenos de terra, os jogadores desenhavam círculos ou alvos e usavam a habilidade para acertar e capturar as bolinhas uns dos outros. Uma mistura de sorte e precisão que incentivava competição saudável.

Soltar pipa

A arte de construir e empinar pipas era um passatempo que exigia criatividade e paciência. Nos céus, a diversão ficava por conta das manobras e, às vezes, das “guerras de linha”.

Carrinho de rolimã

Carrinhos feitos com madeira e rolamentos, geralmente construídos pelas próprias crianças. Eles desciam ladeiras com velocidade e coragem, enquanto as competições criavam lembranças inesquecíveis.

Anos 1990:

Taco (ou Betes)

Com pedaços de madeira (ou tacos improvisados), dois jogadores protegiam suas “bases” (latas ou pedras), enquanto os adversários tentavam derrubá-las com uma bola. Um jogo que misturava estratégia, mira e rapidez.

Queimada

Em duas equipes, o objetivo era acertar os jogadores do time adversário com uma bola. Quem era acertado saía do jogo, mas se alguém pegasse a bola no ar, o arremessador estava fora. Brincadeira cheia de adrenalina e trabalho em equipe.

Pular elástico

Um elástico era preso nas pernas de duas crianças, formando uma faixa. A terceira pulava sobre o elástico, seguindo uma sequência de movimentos. O desafio aumentava conforme o elástico era elevado.

Esconde-esconde com variações

Além do tradicional, surgiram variações como “Pique-alto”, em que o jogador só estava “salvo” se estivesse em lugares altos (árvores, muros, etc.).

Pião

Brinquedos de madeira ou plástico giravam no chão após serem lançados com cordões. O objetivo era mantê-los girando o máximo de tempo possível.

Anos 2000:

Bola na parede

Simples, mas divertido: uma bola era jogada contra a parede, e as crianças criavam desafios (como pegar com uma mão ou sem deixar quicar). Testava reflexos e criatividade.

Mãe da rua

Uma criança, a “mãe”, ficava no meio de uma área e tentava capturar as outras, que precisavam atravessar sem serem pegas. Quem era capturado virava a nova mãe.

Cabo de guerra

Um clássico de trabalho em equipe, em que duas equipes puxam uma corda tentando trazer o time adversário para sua direção. Ideal para festas e brincadeiras coletivas.

Cama de gato

Usando elásticos de costura, as crianças criavam figuras geométricas complexas passando o elástico entre os dedos. Brincadeira mais tranquila, perfeita para momentos de espera.

Peteca

O desafio era manter a peteca no ar usando apenas as mãos. Perfeito para treinar agilidade e coordenação motora.

Anos 2010:

Corrida de saco

Com sacos grandes, geralmente de estopa, as crianças pulavam em direção à linha de chegada. Quem chegava primeiro, vencia. Uma brincadeira que sempre arrancava muitas risadas.

Pião (com variações)

A brincadeira do peão foi adaptada com novos modelos de brinquedos, como piões de plástico e desafios de manobras.

Brincadeiras de roda

Ciranda, Cirandinha, e outras cantigas de roda foram resgatadas, muitas vezes reinventadas com coreografias modernas.

Caça ao tesouro

Brincadeira que envolvia esconder pequenos objetos e deixar pistas para encontrá-los. Podia ser feita em espaços abertos, como quintais ou praças.

Gato Mia

Uma criança vendada tentava adivinhar quem estava à sua volta ouvindo apenas um “miau”. Incentivava atenção e imaginação.

Relembrar essas brincadeiras é mais do que revisitar o passado; é celebrar a simplicidade de um tempo em que a diversão estava nas coisas mais genuínas. Seja correndo atrás de uma pipa, pulando amarelinha ou equilibrando cartas para formar um castelo, essas atividades nos ensinaram lições valiosas sobre amizade, criatividade e resiliência.

Agora, queremos ouvir de você: quais dessas brincadeiras fizeram parte da sua infância? Tem alguma história especial para compartilhar? Deixe seu comentário e, se gostou dessa viagem nostálgica, compartilhe com os amigos para juntos mantermos vivas essas memórias. Vamos espalhar essas lembranças e, quem sabe, inspirar uma nova geração a descobrir a magia das brincadeiras de rua!