Conheça em detalhes 6 brincadeiras típicas de outros países, aprenda como praticá-las e veja seus benefícios para o desenvolvimento infantil e cultural
Explorar brincadeiras de outros países é uma oportunidade incrível de ampliar horizontes e valorizar a riqueza cultural da infância ao redor do mundo. Cada uma dessas atividades carrega histórias, valores e tradições passadas de geração em geração.
Confira esta lista com 6 brincadeiras típicas de diversos países, quem sabe você não se inspira para apresentá-las às crianças por aqui? Algumas destas brincadeiras tem sua versão brasileira!
Kabaddi (queimada?) – Índia

Origem e contexto:
Kabaddi é um esporte tradicional milenar da Índia, especialmente popular nas regiões rurais, mas que hoje se consolidou como esporte profissional na Ásia. É jogado por homens e mulheres e transmite valores de resistência e estratégia.
Como brincar:
- Formam-se dois times.
- Um jogador invade o campo adversário, deve tocar o maior número de oponentes e voltar para seu lado, tudo isso repetindo a palavra “Kabaddi” sem parar, demonstrando controle respiratório.
- Se for capturado ou parar de pronunciar “Kabaddi”, está eliminado.
Por que é interessante:
Estimula resistência física, autoconfiança, agilidade mental e trabalho em equipe. Além disso, valoriza a tradição oral e a disciplina.
Marelle (Amarelinha) – França

Origem e contexto:
Embora muito popular no Brasil, a Amarelinha nasceu na Europa, com registros desde o Império Romano. Na França, é conhecida como “Marelle” e integra o folclore tradicional infantil.
Como brincar:
- Desenhe os quadrados numerados no chão.
- Arremesse uma pedrinha no primeiro número e, saltando com um ou dois pés, percorra o circuito, evitando pisar onde a pedra está.
- O percurso avança até completar todas as casas.
Por que é interessante:
Trabalha equilíbrio, motricidade fina e grossa, coordenação e noção espacial, além de promover paciência e persistência.
El Lobo (enquanto seu lobo não vem): Espanha

Origem e contexto:
Esta brincadeira é típica das praças espanholas e é transmitida oralmente há séculos. Combina suspense e agilidade, sendo uma forma lúdica de desenvolver a percepção do tempo e do espaço.
Como brincar:
- Uma criança assume o papel de “lobo” e se afasta.
- As demais perguntam: “¿A qué hora sale el lobo?”.
- O “lobo” responde com uma hora fictícia, e as crianças avançam em sua direção.
- Quando ele responde: “¡A comer!” ou “¡Ahora!”, o lobo corre para capturá-las.
- Quem for pego, torna-se o novo “lobo”.
Por que é interessante:
Estimula a escuta atenta, a rapidez de reação e reforça o vínculo social através da interação em grupo.
Pilolo (caça ao tesouro): Gana

Origem e contexto:
Pilolo é uma tradicional brincadeira ganesa, muito comum nas zonas rurais. O nome significa “buscar” ou “procurar” no dialeto local Akan.
Como brincar:
- Um adulto ou criança mais velha esconde pequenos objetos.
- Ao sinal, todos os participantes saem em busca dos itens.
- Quem encontrar mais objetos vence a rodada.
Por que é interessante:
Desenvolve habilidades como foco, paciência, estratégia e o espírito investigativo, além de estimular o movimento e a exploração.
Gummitwist (pula elástico): Alemanha

Origem e contexto:
Conhecido em diversos países europeus, como “Gummitwist” na Alemanha e “Chinese jump rope” nos EUA, este jogo conquistou crianças do mundo todo nos anos 80 e 90.
Como brincar:
- Dois participantes posicionam uma corda elástica presa às pernas.
- Um terceiro realiza uma sequência de saltos e movimentos sobre e entre a corda.
- A cada fase, a corda sobe: tornozelos, joelhos, cintura, e assim por diante.
Por que é interessante:
Favorece a criatividade motora, o senso rítmico e o equilíbrio, além de ser uma brincadeira inclusiva, podendo ser adaptada para diferentes níveis de dificuldade.
Sepak Takraw (futvolei?): Sudeste Asiático

Origem e contexto:
Sepak Takraw é tradicional no Sudeste Asiático, especialmente na Tailândia, Malásia e Indonésia. O nome significa “chutar” (sepak) e “bola de palha” (takraw). É um esporte nacional e orgulho cultural desses países.
Como brincar:
- Disputa-se em equipes, como o voleibol.
- A diferença é que a bola, feita de fibras naturais, só pode ser tocada com os pés, a cabeça, os joelhos e o peito.
- O objetivo é passar a bola por cima da rede, dificultando a devolução.
Por que é interessante:
Trabalha habilidades motoras complexas, promove disciplina, força, resistência e espírito de equipe.
As brincadeiras são um patrimônio cultural imaterial, transmitidas por gerações e adaptadas às diferentes realidades sociais. Conhecer atividades típicas de outros países amplia a visão de mundo das crianças e fortalece valores como respeito, curiosidade e diversidade.
Que tal experimentar essas brincadeiras em casa, na escola ou em eventos culturais?